Expectativas

Moody's revê classificação de risco e mantém o Grau de Investimento

Agência Petrobras
22/10/2014 12:26
Moody's revê classificação de risco e mantém o Grau de Investimento Imagem: Divulgação Petrobras Visualizações: 103

 

Em mais um capítulo da novela que já dura cinco anos, o Estaleiro Nordeste – ENOR -,o estaleiro de Alagoas previsto para o município de Coruripe, depende agora da renovação do financiamento de mais de R$ 2 bilhões por parte do Fundo da Marinha Mercante, cuja concessão foi cancelada 20 dias após o Ibama (Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis) haver concedido a Licença de Instalação do empreendimento. Aprovado em 6 de agosto do ano passado, o financiamento foi suspenso por decurso de prazo, ou seja, demora no início das obras, já que pelo regulamento do FMM elas teriam de ter sido iniciadas em até um ano após a aprovação da prioridade de financiamento.
O cancelamento consta do item IV do artigo 4º da Resolução 136 do Conselho Diretor do FMM, de 24 de setembro, mas ainda pode ser revertido, de acordo com o empresário Germán Efromovich, sócio-fundador do Grupo Sinergy, responsável pelo empreendimento.

A Petrobras comunica que a agência de classificação de risco Moody’s anunciou a revisão do nível de risco (rating) da dívida em moeda estrangeira e local da Petrobras de Baa1 para Baa2 com perspectiva negativa, mantendo o Grau de Investimento.

Esta revisão, segundo a Moody´s, reflete a alta alavancagem financeira e a expectativa da agência de que um declínio significativo da mesma somente ocorra após 2016, contrariando as expectativas originais da agência.

Na visão da Moody´s, ainda que a Petrobras tenha sido relativamente bem sucedida na execução de seu programa de investimentos e nas suas metas de produção, o aumento do endividamento como consequência da desvalorização do real, perdas no segmento de downstream (Abastecimento) relacionadas com a defasagem entre os preços internacionais e domésticos e o aumento da necessidade de financiamento, são fatores que pesam na avaliação.

Ainda, segundo a agência, os menores preços internacionais de petróleo se mantidos em longo prazo, poderão ser benéficos para o segmento de downstream, mas afetarão negativamente as operações de upstream (Exploração e Produção).

Em relação aos investimentos da companhia, a Moody’s acredita que, ainda que haja uma redução em 2015, ela não deverá ser suficiente para uma redução acelerada do endividamento, em um ambiente de depreciação do real.

Neste ambiente, segundo a agência, a desalavancagem ocorreria em um ritmo mais lento do que o inicialmente antecipado.

De acordo com a Moody’s, o rating de Baa2 da Petrobras é embasado por sua larga base de reservas e dominância na indústria do petróleo no Brasil, com uma posição de liderança, descobertas significativas no pré-sal, produção crescente e expertise tecnológico.

O rating da Petrobras considera também o suporte extraordinário do Governo Federal num cenário de estresse.

 

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