Aços Planos

Distribuidores de aço plano veem estabilidade em preços de usinas após rodada de aumentos

Reuters, 22/08/2017
22/08/2017 19:29
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Os distribuidores de aços planos do Brasil avaliam que os preços do material vendido pelas usinas siderúrgicas do país deverão se manter estáveis nos próximos meses, após uma recente rodada de aumentos de entre 12 e 13 por cento, afirmou nesta terça-feira a associação que representa o setor, Inda.

Após a CSN comunicar distribuidores sobre aumento de 12,75 por cento nos seus preços a partir de 25 de agosto, outras usinas, incluindo Usiminas e ArcelorMittal, fizeram anúncios semelhantes. A Gerdau foi a última do ciclo informando na última sexta-feira aumento de 12,9 por cento para bobinas a quente e chapas grossas para entrada em vigor entre 4 e 9 de setembro, disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro, a jornalistas.

Questionado se o Inda espera novos aumentos adiante, Loureiro afirmou que, após a nova rodada de reajustes, o "prêmio" do aço plano ficou positivo em torno de 3 a 4 por cento. A expressão é usada pelo setor siderúrgico para designar como os preços no mercado estão ante os preços internacionais da liga.

"É muito mais provável que possa ceder um pouco do que subir mais nos próximos meses", afirmou Loureiro, citando um contexto de fraqueza da economia interna, em que a entidade ainda trabalha com perspectiva das vendas dos distribuidores encerrarem o ano em queda de cinco por cento.

A perspectiva ainda negativa foi citada por Loureiro apesar das vendas dos distribuidores em julho por dia útil terem sido as mais altas desde outubro de 2016 e dos estoques terem caído pela primeira vez neste ano, encerrando o mês passado em 925,7 mil toneladas.

As vendas dos distribuidores, responsáveis por cerca de 30 por cento das vendas das siderúrgicas brasileiras, em julho tiveram alta de 5,7 por cento sobre igual mês do ano passado, para 265,2 mil toneladas. Na comparação com junho, houve alta de 18,8 por cento. Para agosto, a expectativa é de crescimento de cerca de 5 por cento ante julho.

Segundo Loureiro, "há uma certa recuperação da nossa venda. As vendas para setor automotivo melhoraram um pouco (...) bens de capital e máquinas agrícolas também. É uma recuperação muito tímida e muito em cima da exportação", disse o presidente do Inda. "Definitivamente poderíamos estar melhor se não houvesse todos os problemas (na política)", acrescentou.

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