Crise no Estaleiro Ilha S.A.
Valor Online
Terminou sem acordo a audiência na Procuradoria do Ministério Público do Trabalho, ontem, para encontrar saída para a crise no Estaleiro Ilha S.A. (EISA).
O Synergy Group, controlador do estaleiro, propôs a suspensão do contrato de trabalho dos 3,2 mil funcionários do EISA por até 90 dias.
Mas a proposta só será avaliada pelos funcionários do estaleiro em assembleia, na terça-feira. No mesmo dia, haverá outra audiência no Ministério Público do Trabalho.
Omar Peres, representante do Synergy, disse que o grupo assumiu a responsabilidade pela crise, mas afirmou que precisa de tempo para levantar o dinheiro e quitar as dívidas.
Sem acordo, o EISA colocará os trabalhadores em aviso prévio.
O Synergy tenta obter empréstimo no exterior e quer vender a petroleira Petro Synergy, avaliada em US$ 150 milhões.
Alex Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio, disse que a entidade propôs fazer a administração compartilhada do estaleiro com a Log-In, cliente do EISA. Vital Lopes, presidente da Log-In, disse que houve proposta para que a empresa fizesse adiantamento de R$ 40 milhões ao estaleiro, o que foi negado.
Vital disse que a Log-In já vem fazendo antecipações ao EISA uma vez que é avalista de empréstimo de R$ 140 milhões que o estaleiro tomou em bancos comerciais, com vencimentos mensais que estão sendo pagos pela Log-In.
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